"Conhecimento não é acúmulo de informação, mas sim competência para ação"

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

A Reeducação Funcional do Equilíbrio e do Sistema Vestibular

Vertigem? Desequilíbrio? O diagnóstico do problema deve ser feito pelo médico especialista, mas os avanços da fisioterapia mostram que toda anomalia verificada no sistema vestibular ocasiona um viés que pode ser corrigido pela reeducação vestibular, uma prática que coloca em funcionmento os processos de adaptação e substituição objetivando a compensação vestibular a nível cortical, em busca de um bom resultado para os pacientes.



Realizado com sucesso na França, e gora no Brasil, o tratamento inicia por um exame pré terapêutico constituído de anamnese, avaliação clínica e instrumental. Esse exame também pode ser acrescentado pela posturografia dinâmica computadorizada que serve para avaliar as três entradas sensoriais, orientando nas escolhas terapêuticas e na decisão do término do tratamento.
Segundo a fisioterapeuta Ângela Bessa, no tratamento, a parte do equilíbrio que interessa tem por base a análise neuro-sensorial. Isso porque o equilíbrio parte da "cabeça e desce até os pés", contrariamente ao sistema neuro-motor, que é ascendente.
É importante dizer que a técnica fisioterápica é baseda na adaptação dos reflexos (aleatórios e subcortical) e não em exercícios pré meditados do comando cortical. Utiliza uma cadeira giratória e um gerador de estimulação opto-cinético, constituído de um planetário montado em um sistem de três eixos, que permite a apresentação de pontos luminosos em cmpo visual total.
Mas o sistema vestibular, formado pelo captador periférico, os núcleos vestibulares e as áreas corticais destinadas o sistema vestibular, tem outra função: o conhecimento do "olhar reto para frente", reflexo da informação proprioceptiva interior e de sua relação com a informação visual, vinda do mundo exterior. É aí que vem a importância da cadeira giratória, um meio terapêutico de reduzir a constante de tempo do labirinto são, no caso de uma assimetria vestibular. A estimulação rotatória é fisiológica e tem uma excelente retenção no tempo, colocando em ação os fenômenos de correção que o cérebro gostaria de fazer e não sabe como.
Após  a ação de simetrização, que permite a estabilização do olho (reflexo vestíbulo-ocular) e da cabeça (reflexo vestíbulo-colico) e o reencontro da capacidade de antecipação na orientação do olhar, é hora de agir na relação com o ambiente. A vertigem é uma manifestação visual, e, assim, a organização sensorial do paciente pode ser perturbada pelo movimento da cena visual.
A vertigem induzida pela vestibulopatia pode ser a origem de um conflito tal que todo movimento fisiológico da cena visual passa a ser considerado como uma situação patológica.
O movimento de uma plataforma e do ambiente visual, animado por movimentos aleatórios em velocidade e amplitude, possibilita a utilização da velocidade de deslocamento do centro de massa e não em posição, reproduzindo uma situação do andar em um chão de diferentes densidades. É bom lembrar que, para a relização desta reeducação, é preciso separar três entidades terapêuticas diferentes:  reabilitação vestibular propriamente dita; rebilitação do equilíbrio e o cso particular da VPPB (Vertigem posicional paroxística benigna), e a síndrome hemodinâmica postural.



VPPB: é uma alteração mecânica, e o único tratamento é a mnobra liberatória de Semont.





Fonte: XIº Congresso da Sociedade Internacional de Reabilitação Vestibular 2008
           Revista Nova Fisio, ano XIV nº 81 jul/ago 2011

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