"Conhecimento não é acúmulo de informação, mas sim competência para ação"

Diagnóstico por imagem


O exame radiográfico

O objetivo de todo tecnólogo não deve ser apenas fazer uma radiografia “dá para passar” mas produzir uma imagem com qualidade diagnóstica. Para isso é imperativo que sejam utilizados corretamente os fatores de exposição radiográfica e o posicionamento da região anatômica determinado para cada incidência, associados à correta identificação da radiografia.



Incidência ou projeção

Incidência corresponde à relação entre o posicionamento do paciente e a incidência do raio central (RC). Descreve a direção dos raios X quando este atravessa o paciente, projetando uma imagem no filme radiográfico ou em outros receptores de imagem. (O feixe de raios X pode ser descrito como o raio central ou RC).

 

Tipos de incidências


Incidências de rotina - Coresponde ao número mínimo de incidências necessárias para o estudo de uma determinada região anatômica do corpo humano.
Incidências complementares - São incidências que podem ser acrescentadas às incidências de rotina para esclarecer uma hipótese diagnóstica.
Incidências panorâmicas - São incidências que resultam em radiografias da totalidade da região anatômica em estudo.
Incidências localizadas - São incidências complementares que resultam em radiografias de parte de uma região anatômica do corpo que, pela grande colimação, produzem uma imagem com mais detalhe.
 

Descrição de algumas incidências

Incidência póstero-anterior (PA) - O RC entra na superfície posterior e sai na anterior. Não há rotação intencional, o que requer que o RC seja perpendicular ao plano coronal do corpo e paralela ao plano sagital;



 

Incidência ântero-posterior (AP) - O RC entra em uma superfície anterior e sai em uma posterior;



 

Incidências Oblíquas - Deve incluir um termo de qualificação descrevendo a posição do corpo como OAD etc.; as incidências oblíquas de partes dos membros superiores e inferiores são mais precisamente descritas como incidências oblíquas AP ou PA com rotação lateral ou medial;



 

Incidência lateral - Deve incluir um termo de qualificação da posição como uma posição lateral direita ou esquerda;



 

Incidência Axial - Descrever qualquer ângulo do RC acima de um determinado número de graus ao longo do eixo longitudinal do corpo;



 

Incidência tangencial - Significa tocar uma curva ou superfície apenas em um ponto; Exemplos: Incidência do arco zigomático; incidência do crânio para demonstração de fratura impactada.



 

Identificação das radiografias

A identificação deverá estar impressa e legível na radiografia, sem superpor estruturas importantes do exame radiográfico. Pode ser feita usando um numerador alfa numérico, ou câmaras identificadoras. Deve ser evitada a identificação escrita (com caneta) ou com etiqueta colada diretamente na radiografia.

A identificação de uma radiografia deve conter, no mínimo, os seguintes dados:



  • Nome ou logotipo da instituição onde foi realizado o exame;
  • Data (dia/ mês/ ano) da realização do exame;
  • Iniciais do paciente;
  • Número de registro do exame no serviço de radiologia.


Nos exames de estruturas pares do corpo (mãos, pés, etc), deve ser acrescentada obrigatoriamente á identificação a letra “D” ou “E”.

Uma numeração seqüencial ou o tempo devem ser acrescentados à identificação nos exames seriados.

Nos exames realizados no leito, devem ser acrescentadas a localização do paciente e a hora da realização do exame. Exemplo: quarto 11 23:30h = Q 11 23 30, enfermaria 3A 11:30h = E3A 11 30 etc.

 

Posicionamento da identificação na radiografia

A identificação deve estar sempre posicionada na radiografia em correspondência com o lado direito do paciente.

Uma radiografia ao ser analisada deve estar com a identificação legível e posicionada de maneira que corresponda ao paciente em posição anatômica de frente para o observador, ou seja, a identificação da radiografia deve sempre estar legível e à esquerda do observador, com a borda superior em correspondência com a extremidade superior da região a ser radiografada, exceto para as extremidades (mãos / carpos e pés).

As radiografias das extremidades (mãos / carpos e pés) constituem exceção a essa regra e devem ser posicionadas para análise com os dedos voltados para cima, e o numerador posicionado do lado direito da região anatômica em estudo, com a sua borda inferior em correspondência com a extremidade distal dessa região.

O posicionamento da identificação na radiografia deve também obedecer à seguinte regra:



  • Paciente em pé - A identificação deverá estar na parte superior do chassi;
  • Paciente em decúbito - A identificação deverá estar na parte inferior do chassi.




Todo o crédito para: http://www.lucianosantarita.pro.br/incidencias.html


Osteófito

Mesmo antes de aparecerem os osteófitos marginais, os discos intervertebrais (“amortecedor” entre as vértebras) já envelhecem, desgastando e perdendo suas características normais. Com o desgaste da articulação vertebral (degeneração do disco intervertebral) acontece a instabilidade do segmento da coluna, e assim micromovimentação de forma anormal. Na tentativa de estabilizar e fusionar este nível doente da coluna o corpo humano faz crescer osso. Assim ocorre a formação óssea nas bordas articulares, à frente e/ou para ao lado do disco intervertebral. Esse novo osso é o osteófito marginal, comumente chamado de bico de papagaio.


Escoliose
 

escoliose é um desvio da coluna vertebral para a esquerda ou direita, resultando em um formato de "S" ou "C". É um desvio da coluna no plano frontal acompanhado de uma rotação e de uma gibosidade (corresponde a uma látero-flexão vertebral).