"Conhecimento não é acúmulo de informação, mas sim competência para ação"

Fisioterapia e o Câncer


Todas as informações nesta página tem como fonte o INCA!!!

Visitem! http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/inca/portal/home

Para começarmos temos primeiro que saber o que é e como teve o início. Então.... vamos lá!


Atualmente, o câncer é um dos problemas de saúde pública mais complexos que o sistema de saúde
brasileiro enfrenta, dada a sua magnitude epidemiológica, social e econômica. Ressalta-se que pelo menos
um terço dos casos novos de câncer que ocorre anualmente no mundo poderia ser prevenido.
A prevenção e o controle da doença são, por esse motivo, prioridades na Agenda da Saúde do
Ministério da Saúde (MS). Nesse contexto, um dos compromissos do Instituto Nacional de Câncer José
Alencar Gomes da Silva (INCA) com a saúde da população brasileira é participar ativamente das políticas do Sistema Único de Saúde (SUS) e colaborar na constituição da rede de cuidados integrais à saúde.

A palavra câncer vem do grego karkínos, que quer dizer caranguejo, e foi utilizada pela primeira
vez por Hipócrates, o pai da medicina, que viveu entre 460 e 377 a.C.
O câncer não é uma doença nova. O fato de ter sido detectado em múmias egípcias comprova que
ele já comprometia o homem há mais de 3 mil anos antes de Cristo.

Atualmente, câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum
o crescimento desordenado de células, que tendem a invadir tecidos e órgãos vizinhos.

O câncer se caracteriza pela perda do controle da divisão celular e pela capacidade de invadir
outras estruturas orgânicas, logo, o câncer ocorre quando há inibição da apoptose (morte celular programada) e ocorre o crescimento desordenado de células que tendem a invadir tecidos e órgão vizinhos (metástase).


16/03/2013
Olá amigos! Hoje falarei um pouco sobre o câncer de mama.


I. Câncer de mama:

Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano. Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.
 No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.

SINTOMAS:
Podem surgir alterações na pele que recobre a mama, como abaulamentos ou retrações, inclusive no mamilo, ou aspecto semelhante a casca de laranja. Secreção no mamilo também é um sinal de alerta. O sintoma do câncer palpável é o nódulo (caroço) no seio, acompanhado ou não de dor mamária. Podem também surgir nódulos palpáveis na axila.

COMPLICAÇÕES:

Diversas são as complicações oriundas do tratamento deste câncer, sendo o linfedema do membro superior a principal complicação. Para a eficácia do tratamento e para atender o paciente de maneira global é necessário uma equipe multidisciplinar, no qual a Fisioterapia assume um papel importante e indispensável na reabilitação.

O TRATAMENTO MULTIDISCIPLINAR:
Pré - Operatório: Mediante o diagnóstico médico, deverá ser encaminhado por seu médico para profissionais de psicologia, assistência social, fisioterapia e terapia ocupacional a fim de receber informações gerais sobre o seu pré-operatório.

Pós - Operatório Imediato: Mediante alta médica a fisioterapia deverá ser iniciada ainda a nível hospitalar.

Pós - Operatório Tardio: Após a alta hospitalar, a paciente deverá ser encaminhada para atendimento especializado com fisioterapeuta na clínica ou consultorio. Além do tratamento fisioterápico é muito importânte que a paciente e seus familiares recebam informações gerais sobre: tratamento Complementares, Linfedema, etc...

REABILITAÇÃO FÍSICA

Por várias razões, após a cirurgia da mama, podem aparecer complicações que dificultarão a função do braço do lado operado. As principais são:

- Dor e restrição do movimento do ombro;
- Aumento de volume - inchaço do braço no lado operado (linfoedema);
- Falta de sensibilidade na parte superior e interna do braço;

A fisioterapia irá tratar esses outros sintomas com bons resultados, por meio de exercícios terapêuticos específicos dependendo do tipo de cirurgia, da extensão da doença e características individuais de cada paciente.
Após a cirurgia para a retirada de um câncer de mama, a mulher passa a ter uma nova realidade de seu esquema corporal devido alterações importantes que ocorreram em níveis anatômico, fisiológico e funcional. É baseada nessas alterações que a reabilitação física, através da fisioterapia, desempenha papel fundamental por apresentar um conjunto de possibilidades terapêuticas físicas suscetíveis intervindo desde a mais precoce recuperação funcional até a prevenção e tratamento de seqüelas como dor, restrição de movimentos, diminuição de força muscular, aderência da cicatriz e linfedema.

Linfedema é o excesso de fluidos acumulado fora do vaso linfático que provoca inchaço e dor no membro afetado. A fisioterapia regride os transtornos do linfedema e evita que este aumente com o tempo, o que poderia gerar maior risco de infecções.

FAÇA O AUTO-EXAME DAS MAMAS MENSALMENTE, ESTA PRÁTICA É ESSENCIAL !!
 O INCA RECOMENDA AINDA QUE SEJA FEITA A MAMOGRAFIA, POIS O AUTO-EXAME SÓ DETECTA A DOENÇA EM ESTADO MAIS AVANÇADO.




II.  CÂNCER DE PULMÃO

O câncer de pulmão ou carcinoma brônquico é o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando um aumento por ano de 2% na sua incidência mundial. Em 90% dos casos diagnosticados está associado ao consumo de derivados de tabaco.
No Brasil, o câncer de pulmão foi responsável por 14.715 óbitos em 2000, sendo o tipo de câncer que mais fez vítimas. Segundo as Estimativas de Incidência de Câncer do INCA, o câncer de pulmão deverá atingir 27.170 brasileiros (17.850 homens e 9.320 mulheres) em 2006.
O câncer de pulmão de células não pequenas corresponde a um grupo heterogêneo composto de três tipos histológicos distintos: carcinoma epidermóide, adenocarcinoma e carcinoma de células grandes, ocorrendo em cerca de 75% dos pacientes diagnosticados com câncer de pulmão.
Dentre os tipos celulares restantes, destaca-se o carcinoma indiferenciado de células pequenas, com os três subtipos celulares: o linfocitóide (oat cell), o intermediário e o combinado (de células pequenas mais carcinoma epidermóide ou adenocarcinoma).
A expressão oat cell ganhou importância no linguajar médico por tratar-se de um subtipo especial de câncer pulmonar, caracterizado por um rápido crescimento, grande capacidade de disseminação e, inclusive com invasão cerebral precoce. Apesar do alto grau de resposta ao tratamento, apresenta baixo percentual de cura.

Diagnóstico
A maneira mais fácil de se diagnosticar o câncer de pulmão é através de um raio-X torácico complementado por uma tomografia computadorizada. A broncoscopia (endoscopia respiratória) deve ser realizada para avaliar a árvore traquebrônquica e eventualmente permitir a biópsia.
É fundamental obter um diagnóstico preciso, seja pela citologia ou patologia. Uma vez obtida a certeza da doença realiza-se o estadiamento, que consiste em saber o estágio de evolução, ou seja, se a doença está restrita ao pulmão ou disseminada por outros órgãos.
**O diagnóstico ocorre por meio de radiografias de tórax, TC, RNM, citologia do escarro, broncofibroscopia, biópsia por agulha transcutânea, mediastinoscópio, biópsia a céu aberto, e toracocentese. 

Fatores de Risco
Independentemente do tipo celular ou subcelular, o tabagismo é o principal fator de risco do câncer pulmonar, sendo responsável por 90% dos casos. Outros fatores relacionados são certos agentes químicos (como o arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, níquel, cádmio e cloreto de vinila, principalmente encontrados no ambiente ocupacional), fatores dietéticos (baixo consumo de frutas e verduras), a doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos (que predispõem à ação carcinogênica de compostos inorgânicos de asbesto e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) e história familiar de câncer de pulmão.

Sintomas
Os tumores de localização central provocam sintomas como tosse, sibilos, estridor (ronco), dor no tórax, escarros hemópticos (escarro com raias de sangue), dispnéia (falta de ar) e pneumonite (brônquio). 
Os tumores de localização periférica são geralmente assintomáticos. Quando eles invadem a pleura ou a parede torácica, causam dor, tosse e dispnéia do tipo restritivo (ou seja, pela pouca expansibilidade pulmonar).
O tumor localizado no ápice pulmonar (Tumor de Pancoast) geralmente compromete o oitavo nervo cervical e os primeiros nervos torácicos, levando à síndrome de Pancoast, que corresponde à presença de tumor no sulco superior de um dos pulmões e dor no ombro correspondente, que se irradia para o braço.
Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado, podendo existir em crises em horários incomuns para o paciente. Uma pneumonia de repetição pode ser também um sintoma inicial de câncer de pulmão.

Prevenção
A mais importante e eficaz prevenção do câncer de pulmão é a primária, ou seja, o combate ao tabagismo, com o que se consegue a redução do número de casos (incidência) e de mortalidade.

Tratamento
O câncer de pulmão apresenta três alternativas terapêuticas: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. Estes métodos podem ser associados para obter melhores resultados.
Tumores restritos ao pulmão, nos estágios I e II, devem ser operados e removidos. Nestes casos, a chance de cura é de até 70%. Nos outros estágios, uma associação de quimio e radioterapia, com eventual resgate cirúrgico, é a alternativa que melhor mostra resultados, porém, não ultrapassando 30% de índice de cura. No estágio VI a quimioterapia é o tratamento mais indicado, mas as chances de cura são extremamente reduzidas.
Até o momento não existe benefício comprovado pelo uso da imunoterapia.

Fisioterapia
Hoje, duas situações predominam no tratamento do câncer: de um lado, a cura completa, sem seqüelas físicas e/ou funcionais, de outro, o que se observa é a necessidade de um tratamento mais agressivo que pode deixar limitações significativas. Neste segundo caso, o principal objetivo é proporcionar uma boa qualidade de vida para estes pacientes, sendo cada vez mais necessário o envolvimento ativo de uma equipe multidisciplinar.

Diferentemente da medicina, a intervenção da fisioterapia na área de Oncologia não pode ser medida pelo índice de sobrevivência ou pelo desaparecimento dos sintomas, mas sim pelo grau de independência funcional alcançada pelo paciente (ou seja, o quanto você consegue fazer coisas sozinho), ou seja, proporcionar alívio da dor e reduzir a necessidade de medicamento como analgésicos.

A combinação de métodos farmacológicos com não-farmacológicos para controle da dor proporciona efeito analgésico melhor do que o uso isolado do medicamento ou de meios físicos. O tipo de dor que estes pacientes apresentam, na grande maioria das vezes, é classificada de dor crônica. A dor por afecção do sistema locomotor (mais comumente chamada de Lombalgia) pode durar semanas e é a causa mais comum de incapacidades.

Os resultados positivos da fisioterapia em pacientes oncológicos se dão com relação à recuperação físico-funcional. Eles advêm da aplicação sistematizada de recursos terapêuticos diversos com o foco sempre voltado para o controle dos sintomas imediatos referidos pelo paciente, a maximização das habilidades funcionais remanescentes e a importância da orientação dos familiares e acompanhantes.

Os recursos terapêuticos são:

* Termoterapia: pode ser realizada com adição ou subtração de temperatura, com adição de calor, como a hidroterapia, e/ou crioterapia como subtração de temperatura através do gelo;

* Eletroterapia: consiste em aplicação de corrente elétrica com fins terapêuticos;

* Acupuntura: é um método terapêutico amplamente utilizado para promover a estimulação mecânica de estruturas dérmicas, subdérmicas e musculares;

* Massagem: é um excelente método de tratamento para pacientes com edema, estase linfática e dor miofascial.


Fonte: www.inca.gov.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário