"Conhecimento não é acúmulo de informação, mas sim competência para ação"

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Alongar-se ou não?


Especialistas recomendam apenas um aquecimento leve

Alongamento estático pode ser maléfico

A grande maioria das pessoas que malha em academia tem como certo que se deve fazer alongamento antes de a sessão de exercícios começar. Mas a maior parte dos especialistas hoje afirma que o alongamento estático - o mais comum deles - não apenas é contraprodutivo como potencialmente maléfico.



Alongamento estático é aquele que envolve ficar entre 20s e 30s em uma determinada posição, a fim de estender um grupamento muscular. Os mais tradicionais, como dobrar o tronco para que as mãos cheguem próximas dos pés, ou estender um das pernas sobre um apoio, frequentemente leva a musculatura a se contrair e não relaxar. Quando se faz alongamento antes do exercício, o corpo pensa que ele está sofrendo risco de ser superalongado e compensa contraindo a musculatura e tornando-se mais tenso, o que significa que você não será capaz de se mover tão rápido quanto pensava e ainda terá mais risco de sofrer uma lesão.
Kieran OSullivan, da Universidade of Limerick, Irlanda, que estuda os efeitos dos alongamentos nos atletas, afirma que ele melhora a flexibilidade, mas que as pessoas só deveriam fazê-lo quando não estivessem prestes a malhar, como depois do treino ou no fim do dia. "É como a musculação, que nos deixa mais fortes. Não se deve trabalhar com peso antes de começar o treino na academia", declara. Nos últimos cinco anos, uma série de estudos vêm mostrando que o alongamento estático antes do esporte deixa o atleta mais lento e mais fraco.

Criação dos mitos
A falta de pesquisas sobre o assunto faz com que ainda hoje haja discordância e muitos desencontros no que é recomendado por especialistas aos atletas e esportistas.
Para Ercole Rubini, esses desencontros e reavaliações fazem parte da evolução da ciência. “A educação física, como outras ciências, está em constante evolução. Algo que hoje é considerado verdadeiro, amanhã pode não ser. A não-prescrição de treinamento de força para idosos ou cardiopatas, há 10 anos, mostra isso. Hoje, sabemos que, além de normal, esses exercícios são indispensáveis para esses grupos de pessoas”, afirma o fisioterapeuta. No entanto, para evitar problemas mais sérios, alerta ele, é imprescindível que os profissionais que atuam nessa área se mantenham sempre atualizados. Só assim os novos conceitos serão disseminados e incorporados à rotina dos esportistas.

Fazer ou não
Enquanto a divergência de quando e qual alongamento é o mais aconselhado continua, a certeza de que esses exercícios são vitais para minimizar os impactos sofridos pelo corpo durante as atividades físicas e para a manutenção da boa flexibilidade corporal é sustentada por todos os profissionais da área da saúde esportiva.
Assim, antes de tomar qualquer decisão, converse com o seu orientador físico ou fisioterapeuta e busque, com ele, o treinamento mais adequado a você e às suas expectativas. “Muitos conceitos ainda podem ser modificados na educação física, mas sem dúvida, o maior risco da atividade física é não começar. Nada é mais perigoso do que o sedentarismo”, conclui Ercole Rubini.

Ao invés de alongar, recomendam os especialistas, que o correto seria fazer um trote leve ou exercícios específicos para a modalidade que pratica, por exemplo, chutar várias vezes a bola, se joga futebol. Esse tipo de exercício leve aumenta a frequência cardíaca e leva sangue aos músculos, aquecendo o corpo.



Disponível em: http://sportlife.terra.com.br/index.asp?codc=1309

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